A conversão de São Paulo, Caravaggio (1600/1601).

 

 

 

 

 

 

 

Rogo que conduza-me logo,

sem demora, para chegar à Verdade.

Guiar-me-ei ó Fogo Rei,

em meio ao Nevoeiro da Vontade.

 

Luz que Ruge, urge no ar.

Urra minha alma, em cólera ao pecado…

 

O teu brilho é Doce,

Dele vem tua voz fúlgida, com níveo Calor.

Faz-me tua posse,

Posse desse carmesim, rutilante Redentor.

 

Luz que Ruge, urge no ar.

Urra minha alma, em cólera ao pecado…

 

Fulguras em meio ao Jardim incendiado,

mas Tu não vens para queimá-lo.

Vens para tornar o Culpado remediado,

para que ele desfrute com regalo.

 

Luz que Ruge, urge no ar.

Urra minha alma, em cólera ao pecado…

 

Iluminas minha razão,

reges-me para encontrar-te no Monte.

Teus cânones abrirão,

até que meu peito, ardente, se remonte.

 

Luz que Ruge, urge no ar.

Urra minha alma, em cólera ao pecado…

” et subito circumfulsit eum lux de caelo”

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