Euro a cinco e brasileiro a mil

Neste exato momento o dólar bate a casa dos R$ 4,49 e o Euro, R$ 4,99.

E o brasileiro? O brasileiro não tá nem aí.

Quando um povo chega nessa situação, é a realidade batendo na porta dos políticos e da imprensa dizendo: 

“O que nós queremos, o que o povo quer… o povo quer é seu país de volta”.

No fim do governo Dilma, a imprensa deu voz aos especialistas em contas públicas, muitos dos quais pessoas de excelente currículo e caráter indiscutível. Esses homens e mulheres que fizeram a transição do Brasil-estocador-de-vento para o Brasil-temerista, economistas como Marcos Lisboa, Zeina Latif, Alexandre Schwartsman, Samuel Pessoa e o próprio Mansueto – que deveria ter um busto em bronze na porta do Ministério da Economia – viram além e detectaram a urgência do Ajuste Fiscal. Porém, o movimento que esses economistas não previram foi o andar da população rumo à busca do tesouro brasileiro, enquanto os economistas buscavam resgatar apenas o ouro.

O povo brasileiro mensurou, em meio ao caos econômico, o valor de tudo o que o Partido dos Trabalhadores lhe roubou durante 15 anos, e passando a régua esse brasileiro encontrou na alma a maior riqueza roubada.

Se por um lado temos de dar graças que “nem tudo é povo”, e temos pessoas que em meio à turbulência da maré-vermelha conseguiram recuperar a economia que naufragava, por outro lado temos que agradecer ao Seu Zé e à Dona Maria que, em meio ao pânico pensaram nas crianças e nas futuras gerações e se lançaram ao resgate “de tudo aquilo que é mais sagrado” – como eles mesmos gostam de dizer –, e não há nada mais sagrado que o amor à Deus e o amor ao próximo (Mt 22:37-40).

O dólar vai a cinco? Que se dane o dólar. As empregadas domésticas não vão às ruas defender o Mickey. O que faz a empregada doméstica trabalhar de segunda a sábado e, em pleno domingo, pegar um ônibus e ir pras ruas vestida de verde e amarelo é amor pela filha e a vontade de ter um Brasil limpo para seus netos, um Brasil sem aborto, sem drogas.

Deixa o Euro bater no teto, o que importa agora é colocar os pés do Rodrigo Maia no chão.

 

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