Diagnóstico de besta

Há dois dias um adolescente de 13 anos cometeu um ataque fatal em uma escola no Brasil; no mesmo dia, um homem de 28 anos cometeu um ataque em uma escola nos Estados Unidos, deixando seis mortos. Para o Estadão, é preciso fazer algo urgentemente. Fazer alguma coisa. Qualquer coisa.

A diferença entre os crimes aqui e lá são reveladoras das disparidades entre os dois países. Aqui um adolescente pobre, em uma escola de periferia cometeu o ataque com uma faca, tirando a vida de uma senhora de 71 anos que ainda dava aula; lá uma “mulher trans”, ou seja, alguém que é biologicamente um homem mas socialmente é uma mulher, de 28 anos de idade, armado com uma pistola e um fuzil matou seis pessoas. As mazelas e as desgraças são proporcionais ao “desenvolvimento” de cada uma das nações.

O comportamento do jornal brasileiro é comum em nossa mídia, nessa manhã de quarta-feira (29) ao acessar a homepage do jornal encontrei apenas uma chamada pequena falando do caso; em dois dias o ataque foi subjugado pelas CPIs, volta do Jair ao Brasil, a abóbora do Lula e a pornochanchada da CCJ.

O curioso na matéria do jornal de São Paulo é notar o conjunto de ideias que o jornalista produziu como diagnóstico do problema do assassinato brutal:

  • Psicólogos;
  • PMs;
  • Canais de denúncia; e
  • botão do pânico.

Tudo isso para “prevenir ataques em escolas”.

A realidade é que um psicopata de 13 anos, na cidade de São Paulo, ao invés de ser tratado por seu grave problema mental estava matriculado em uma escola, estudando com outras crianças. Qualquer um de nós sabe o que é a vida de uma pessoa aos 13 anos: brincadeiras, amigos, estudar para as provas, futebol ou vôlei, assistir o seriado ou o filme que acabou de sair, alguns já estão pensando em namorar… nada mais que isso. Assim são os amigos do psicopata assassino de São Paulo. Porém, enquanto ele tramava matar os amigos da escola (como ele mesmo confessou na Delegacia), os amigos estavam brincando, jogando bola etc, etc. Esse é o problema que o jornalista não consegue enxergar, mas mesmo com toda sua incapacidade tenta encontrar soluções para “prevenir [futuros] ataques”. E quais seriam essas soluções? Psicólogos. Polícia. Denúncias. Botões de pânico.

Como pode alguém falar de prevenção do crime e ignorar a prevenção da doença? Como é possível que o editor do jornal tenha admitido a publicação de uma matéria que parte do pressuposto do acometimento da doença que desgraçou, além das vítimas do ataque, a vida do próprio garoto que já está condenado a ser um desgraçado por toda a sua vida que apenas acabou de começar? O jornalista é uma besta, ao menos no sentido espiritual.

Vivemos hoje em uma sociedade doente, em que garotos são bombardeados dia e noite por ideias deformadoras da identidade humana. O mundo neste século é uma fábrica de aberrações, e as crianças são as cobaias entregues pelos próprios pais aos demônios travestidos de especialistas e ativistas. É impossível, simplesmente impossível que uma criança bombardeada desde o berço por ideias como o aborto e o transexualismo não se torne um adulto mentalmente doente. É impossível pois uma criança não tem capacidade mental para lidar com o tema da morte e do sexo, e se algum adulto consegue disassociar aborto de morte ou transexualismo de sexo, esse adulto não consegue fazer sequer análise gramatical, é uma besta no sentido educacional.

O caos social não irá diminuir enquanto homens de coragem não se posicionarem na linha de frente e arrancarem a máscara da verdade, seguindo a lição de Jean-François de Troy na tela “O tempo revelando a verdade”. Ali, o Tempo revela a Verdade enquanto esta desfaz o Engano, apontando ao mundo sob seus pés as quatro virtudes cardeais — Prudência, Temperança, Justiça e Coragem —, pois apenas armado com elas o espectador da tela poderá servir a Verdade.

São Paulo não precisa de mais PMs e nem de botões do pânico, mas de homens armados contra o verdadeiro inimigo desse século: o Mal. Enquanto os especialistas da imprensa forem os líderes da nação, não tenha dúvida, afundaremos mais e mais na lama em que já estamos atolados.

 

O consolo para nós que estamos nesse pandemônio é uma lição também expressa na tela de Jean-François: “a Verdade é filha do Tempo”.

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