Oh, o estar de pé e realizando

Oh, o estar de pé e realizando,
Ir não envergonhado, não temendo
Em meio a toda pressão e brados
Sobre meus negócios humanos!
Meu inamovível coração eu ouço
Sussurrar coragem em meu ouvido
Invoca-me, com um chamado inaudível
A um nascimento diário, a terra ancestral
Tu, oh meu amor, vós, oh meus amigos —
O cerne da vida, o fim dos fins —
Para rir, para amar, para viver, para morrer
Me chamais pelo ouvir e ver!

 

Robert Louis Stevenson


N.T: Todo o poema se estrutura no ritmo do primeiro verso “o to be up and doing” no qual optei por traduzir com “realizando” ao invés de simplesmente “fazendo” — julgo o realizar como ato mais comprometido do que o fazer, e o poema trata não das frugalidades do cotidiano, mas das ações de valor na vida humana.

O autor compôs os 12 versos com rima emparelhada (AABBCCDDEEFF), por isso troquei de posição alguns verbos privilegiando a rima (que nesse poema se impõe). Também utilizei o “oh” ao invés do simples “o” pela dificuldade de ser a vogal nosso artigo definido masculino — o que causaria alguns problemas na declamação.

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